À medida que as eleições municipais se aproximam, a tecnologia continua a desempenhar um papel mais significativo na forma como campanhas políticas são conduzidas. Entre as inovações está o uso da Inteligência Artificial (IA), que já está transformando o cenário eleitoral de várias maneiras. Neste blog, vamos explorar o que é a IA, os benefícios e perigos associados ao uso nas campanhas eleitorais e como essas tecnologias podem impactar a dinâmica das eleições municipais.

O que é inteligência artificial?

A IA, é a capacidade de máquinas e sistemas computacionais de realizar tarefas que normalmente requerem inteligência humana. Isso inclui a capacidade de aprender com dados (machine learning), entender e processar linguagem natural, reconhecer padrões e tomar decisões baseadas em algoritmos. Ou seja, a IA é a tecnologia que permite que computadores simulem aspectos da inteligência humana para resolver problemas e realizar tarefas.

Vantagens de utilizar IA

Uma das vantagens da IA nas campanhas eleitorais é a capacidade de segmentar e personalizar mensagens para diferentes grupos de eleitores. Utilizando dados coletados de várias fontes, a IA pode identificar padrões e preferências individuais. Isso permite criar mensagens mais direcionadas e relevantes, aumentando as chances de chegar a eleitores específicos.

A IA também pode processar grandes volumes de dados com rapidez e precisão, oferecendo insights valiosos sobre o comportamento dos eleitores e tendências emergentes. Ferramentas de análise podem ajudar a entender quais temas são mais relevantes para os eleitores e ajustar as estratégias em tempo real. Isso pode melhorar a eficácia das campanhas e ajudar a tomar decisões mais informadas.

Perigos de utilizar IA

Porém, a IA pode trazer prejudicar a integridade do processo eleitoral, acarretando crimes e interferências na eleição. Um dos perigos é o uso para criar e espalhar desinformação e notícias falsas, um fenômeno já observado em eleições passadas. A criação de deepfakes e a amplificação de mensagens enganosas são preocupações reais. O uso de IA para manipulação pode minar a integridade do processo eleitoral e enganar os eleitores, prejudicando a confiança no sistema democrático.

Também há a questão sobre privacidade e segurança, já que as campanhas envolvem a coleta e análise de grandes quantidades de dados pessoais. A coleta inadequada ou o uso indevido das informações pessoais pode comprometer a privacidade dos eleitores e criar riscos de segurança cibernética. Além disso, é crucial garantir que os dados sejam utilizados de forma ética e transparente.

Questões assim levaram o tema as autoridades brasileiras. Por isso o Tribunal Superior Eleitoral estabeleceu normas sobre a inteligência artificial nas eleições. Entre as proibições estão o uso deepfakes, que destorcem a realidade e levam as pessoas a acreditam em inverdades, e a obrigação de aviso sobre o uso de IA na propaganda eleitoral.

À medida que a tecnologia continua a evoluir, é crucial que campanhas eleitorais, reguladores e eleitores se mantenham informados e vigilantes. A transparência, a ética e a responsabilidade serão fundamentais para garantir que a IA contribua positivamente para o processo democrático e não o prejudique.